A síndrome metabólica é uma condição de saúde causada pela resistência insulínica, segundo a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) esta condição de risco pode se desenvolver em qualquer idade, e cada vez mais é percebida nos mais jovens, destacando a importância de conscientização sobre mudanças no estilo de vida mais saudável.
É definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma condição patológica caracterizada pela associação de algumas doenças crônicas não transmissíveis, e está associada a uma mortalidade 2x maior que a população normal e mortalidade cardiovascular 3x maior. A prevalência da doença na população adulta no Brasil é estimada em 30%.
Principais Sintomas e Sinais
A síndrome metabólica em si geralmente não apresenta sintomas visíveis. Contudo há diversos impactos na vida dos pacientes. A hipertensão arterial, hiperglicemia, obesidade central, dislipidemia, afetam o dia a dia do paciente, diminuindo a disposição, causando dores, cansaço e baixa auto-estima. Os principais impactos são observados cronicamente, com o aumento do risco de acidentes vasculares, a morbidade e mortalidade.
Causas e Fatores de Risco
Vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome metabólica, contudo os quatro principais fatores de risco são: tabaco, inatividade física, álcool e dietas não saudáveis
- Tabaco: O excesso de peso, especialmente a gordura abdominal, está fortemente ligado à síndrome metabólica.
- Álcool: Quando o corpo não usa a insulina de forma eficaz, resultando em níveis elevados de açúcar no sangue.
- Estilo de Vida Sedentário: Falta de atividade física regular pode aumentar o risco.
- Dieta não saudáveis: Histórico familiar de diabetes tipo 2, hipertensão ou doenças cardíacas.
Diagnóstico
O diagnóstico da síndrome metabólica é feito quando uma pessoa apresenta pelo menos 3 dos seguintes critérios:
- Circunferência da Cintura: Mais de 102 cm em homens e 88 cm em mulheres.
- Níveis de Triglicerídeos: 150 mg/dL ou mais.
- Níveis de HDL (colesterol “bom”): Menos de 40 mg/dL em homens e menos de 50 mg/dL em mulheres.
- Pressão Arterial: 130/85 mmHg ou mais.
- Níveis de Glicose em Jejum: 100 mg/dL ou mais.
Prevenção e Tratamento
A prevenção e o tratamento da síndrome metabólica envolvem mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, medicação. As principais estratégias incluem:
- Dieta Saudável: Adotar uma dieta rica em frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras, e reduzir a ingestão de açúcares e gorduras saturadas. Além de prevenir diversas doenças, uma dieta saudável promove mais disposição no dia a dia, melhora a sensação de bem-estar e aguça o paladar para os sabores.
- Atividade Física Regular: Praticar pelo menos 150 minutos de exercício moderado por semana, como caminhada rápida ou ciclismo. A atividade cardiovascular associada com musculação melhora ainda mais a adesão à mudança de estilo de vida, portanto considere também iniciar na malhação.
- Perda de Peso: Perder peso, especialmente gordura abdominal, pode melhorar todos os componentes da síndrome metabólica. Vale lembrar que a perda de peso é decorrente do déficit calórico, inerente à realização dos dois itens anteriores como atividade física e uma dieta saudável. A perda de peso deve ser considerada uma jornada de maratona e não uma corrida de 200 metros, é um processo vagaroso que não vale a pena cortar caminho com procedimentos, medicamentos e dietas mirabolantes.
- Controle do Estresse: Práticas como meditação, ioga e exercícios de respiração podem ajudar a reduzir o estresse.
- Medicação: Em alguns casos, medicamentos podem ser necessários para controlar a pressão arterial, colesterol e níveis de glicose no sangue.
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Conclusão
A síndrome metabólica é uma condição séria que requer atenção e mudanças significativas no estilo de vida para ser gerenciada eficazmente. A prevenção é a chave, e pequenas mudanças no dia a dia podem ter um impacto significativo na redução dos riscos associados.